sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Talvez fosse só mais um olhar




Sempre que eu chegava me olhava, não era comum aquilo, havia brilho no fundo daqueles olhos, havia algo mais que um simples olhar. Ele também não era um simples garoto, tinha algo mais que ele escondia algo que só ele sabia, mas que eu queria descobrir.
Não sei ao certo como foi acontecendo, mas agente ficou mais próximo, e aquele olhar não mudava, era sempre calmo e profundo. Nos rápidos momentos em que nossos olhos se cruzavam num mesmo instante, eu sentia que ele tinha algo a me dizer, mas não sabia o que, as palavras talvez fossem somente ditas com os olhos, tais olhos aos quais me hipnotizava e me prendia a vontade de amá-lo e de admirá-lo.
Como saber o que ele queria me dizer? Perguntar a ele? Não, eu não era tão corajosa assim, preferia morrer sem saber, morrer apenas imaginando o que seria que ele queria me dizer, o que cada olhar sincero traduziria em verdadeiras palavras. Cada vez que os nossos olhares se cruzavam era tão rápido porque a vergonha fazia com que ligeiramente cada um abaixasse a cabeça e perdesse o outro de vista, mas apesar da rapidez, eu sentia algo bom, que mexia comigo, e me fazia dizer todas as noites pra mim mesmo. Eu amo ele, e ainda vou descobrir o que aquele olhar quer tanto me dizer.

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