Lugar Mágico
Uma vez eu acordei e percebi que algo tinha mudado. Eu não conseguia captar o que era. Tudo estava estranho, então eu pensei “será que eu não estou sonhando?", e continuei o meu dia. Como de costume me aprontei e fui para a escola. Na porta do colégio encontrei um garoto desconhecido que me perguntou onde ficava a sala do 2° ano, ele era diferente de tudo que eu já havia visto na minha vida. Ele não era tão bonito, mas tinha alguma coisa em seu olhar que me hipnotizava de uma forma incontrolável. Com a voz trêmula respondi:
- Coincidência, você vai estudar na mesma sala que eu.
- Melhor, já vi que eu vou gostar e muito dessa escola. - Dei uma olhadinha meio de lado, pedi que ele me seguisse ate a nossa sala. Quando entrei Márcia veio logo me abraçando, parecia que ela não me via há séculos, eu podia não demonstrar mais adorava quando ela fazia aquilo, eu me sentia amada e querida. Quando fui apresentá-la ao garoto percebi que não havia perguntado seu nome e nem falado o meu.
- Qual o seu nome mesmo? - Perguntei ao garoto.
- Pedro.
- Ah, muito bem, Márcia esse é o Pedro ele acabou de chegar no colégio.
-Prazer Pedro, vou fazer com que pareça que já estuda aqui a anos. - Que mania a Márcia tinha de dar em cima dos garotos. Mesmo assim eu ainda gostava muito dela.
Quem não gostou muito do Pedro foi o Felipe, ele é do tipo muito obsessivo e não se conformava com o fim do nosso namoro, eu não podia dirigir a palavra a nenhuma pessoa do sexo oposto que ele já vinha tirar explicações como se fosse meu dono, não suporto isso, tinha vontade de esganar ele e dar os pedacinhos para os tubarões (isso foi um pouco fantasioso).
Pedro sentou ao meu lado para que eu pudesse apresentar o resto da sala para ele.
Na saída ele me esperou na porta.
- Ei! Marcela, é... Eu queria te agradecer pelo que você fez por mim hoje.
- Sem problemas, afinal é meu dever como aluna veterana dar boas - vindas. – Respondi sentindo meu estômago dando voltas. Quando achei que ele havia terminado de agradecer, fui andando para sair do colégio. Então ele me puxou pelo braço e disse:
- Posso te fazer uma pergunta. - Nesse momento foi como se uma explosão de fogo subisse pelas minhas entranhas e de repente viesse um balde de gelo que fazia minhas pernas tremer, mais o que estava acontecendo? Nunca havia sentido esse tipo de coisa antes.
- Claro pode.
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