Contos
15 ANOS MACABRO
Eu me chamo Aline e vou contar uma história que se passou com a minha irmã. O nome dela era Paola, tinha cabelos longos e cacheados, olhos negros, pele morena. Ela era muito ativa e estava prestes á completar 15 anos, como toda adolescente prestes a fazer o tão sonhado 15 anos ela estava a mil com os preparativos da festa.
Nós duas gostávamos muito de sair juntas, nós éramos BFF's. Dois dias anteriores a sua festa nós fomos á um lago para relaxar um pouco. Quando chegamos lá tinha umas árvores estranhas que fechavam a entrada do lago.
- Vamos Aline.
- Ai! Eu não sei Paola, olha como essa mata é fechada
- Vamos Aline, disseram que o lago é lindo
-Não, eu não vou.
- Tá, então espera aqui que eu vou e já volto.
Depois de meia - hora minha irmã voltou muito alegre e saltitante, dizendo que havia conhecido um cara no lago.
- Ele é alto loiro, olhos azuis e um sorriso hipnotizante.
Então finalmente nós fomos para casa. Quando estávamos no quarto nos preparando para dormir, ela correu para a janela e começou a conversar com alguém, quando eu fui olhar não tinha ninguém.
- Você ta louca? não tem ninguém ai.
- Claro que tem, é aquele garoto do lago, você não ta vendo?
- Paola você já ta me assustando.
- Aline, não é porque nenhum garoto se interessa por você, que você tem o direito de estragar a felicidade dos outros. (olhadinha na janela). Ele foi embora, tudo culpa sua.
Então ela deitou na cama e não me dirigiu a palavra durante a noite inteira. De manhã na hora do café eu pedi desculpas, mas ela não entendia que lá não tinha ninguém nem nada.
Já era véspera do aniversário da Paola e os presentes não paravam de chegar e eu estava ajudando a separá-los, quando do nada surgiu na porta um embrulho meio sujo de terra, e muito sinistro. Então eu corri e peguei o embrulho que queimou minha mão, então eu larguei e mandei minha irmã pegar. O embrulho estava remetido para ela, e no bilhete dizia: "Este relógio te ajudará a lembrar que amanhã ás 11:30 da noite você vai ter uma surpresa". O relógio era velho e como o embrulho meio sujo.
- Paola, quem mandou isso?
- Com certeza foi o César.
- Mais quem é esse César?
- O carinha do lago.
- Tá, se esse garoto existe, por que ele não aparece.
- Ele é tímido
- Uhum, tímido, sei. Olha Paola eu acho que isso tudo é armação sua para chamar atenção, é a sua cara fazer isso, e eu que já tava começando a me assustar.
- Aline eu não to inventando nada, e para o seu governo ele ta bem ali na porta.
- Pará Aline! deixa de mentir para me irritar.
- Quer saber Paola? Tchau.
Subi as escadas apressada e deitei na cama, acabei adormecendo e só acordei no outro dia.
Finalmente havia chegado o dia da festa e mais do que nunca Paola estava contente. O dia passou rápido, quando me dei conta já estava na hora de nos arrumarmos, eu não era do tipo que passa horas no espelho, eu era mais prática. Coloquei um vestido vermelho bem marcado escolhido pela Paola, prendi o cabelo e fiz uma maquiagem bem leve. Paola estava deslumbrante em um vestido branco, longo e cheio de brilhantes. O cabelo tava solto com cachos e uma tiara e uma maquiagem angelical.
Como tinha que ser todos os olhares se voltou para a aniversariante, então meu pai a pegou pela mão e a conduziu ate o meio do salão onde eles dançaram a valsa. Quando a música acabou, ela mandou tocarem novamente e começou a dançar como se alguém a estivesse conduzindo, corri até ela.
- Paola, por que você ta dançando sozinha?
- Aline você não vai me constranger de novo na frente do César.
E ela saiu correndo noite adentro, eu a segui.
- Paola o que você ta fazendo?
Ela parou, bem na frente da mata que tampava a entrada do lago.
- Aline, ta na hora.
- Hora de quê?
Então lembrei do bilhete.
Paola entrou na mata. Enfrentei meu medo e a segui.
- Pará Paola.
- Aline ele falou que me ama e que vai me levar para a casa dele.
-Não, não faça isso.
- Adeus minha irmã, Te amo.
E Aline se jogou no lago. Ela não parava de afundar. Para tentar salvá-la, também pulei dentro do lago, mas já era tarde demais, ela já havia morrido. Juntei todas as forças que tinha e tirei o corpo da minha irmã daquela água maldita, e a carreguei no colo até á festa.
Depois de alguns meses eu procurei saber sobre a história daquele lago. Pesquisei nos jornais e na internet. Até que achei uma história sobre um garoto que havia morrido afogado naquele lago, suas descrições eram iguais as que minha irmã havia dito, e o mais interessante ele tinha deixado uma namorada com o mesmo nome da minha irmã e a mesma idade que ela, e o bizarro é que ele morreu no dia do aniversário da minha irmã exatamente ás 11:30.
Macabro! Muito bem bolado!
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